"Verba volant, scripta manent."

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mesa para Cinco

Esse foi o primeiro livro que eu li da Susan Wiggs, e realmente não tem como descrevê-lo. É muito bom!
Crystal e Derek Holloway pareciam ter uma família perfeita: três filhos maravilhosos (Cameron, Charlie e Ashley) e ele uma ótima carreira no golf. Até que uma crise abala o casamento dos dois e eles acabam se divorciando.
Um tempo depois, numa tarde chuvosa de abril,  o destino os une e ambos morrem num terrível acidente de carro.
Sean, irmão de Derek e também golfista, que nunca foi muito ligado em compromissos, se vê como parente mais próximo das crianças, e, por isso, tutor. Mas Lily não concorda que seja ele o responsável pelas crianças, que parece não ter experiência nenhuma, nem um pingo de talento. Ela é a melhor amiga de Crystal e professora de Charlie, a filha do meio do casal, mas ao mesmo tempo sente-se insegura a se apegar demais às crianças, porque sempre foi uma pessoa fechada para todo tipo de relacionamento, até mesmo os amorosos.
Eles entram em acordo em não disputar a guarda das crianças, pois todas ainda estão muito abaladas pela morte dos pais: Cameron, de 15 anos, não se conforma de a última conversa com o pai ter sido uma briga, e desconta toda a sua raiva em atos de vandalismo; Charlie, de 8 anos, vai muito mal na escola, com chances de repetir a terceira série, devido a dificulades de leitura, o que piora com a morte dos pais; e Ashley tem apenas dois anos, e não entende a situação direito.
Unidos pelo amor às crianças, Lily e Sean se aproximam cada vez mais, com grande resistência da parte de Lily, por não estar acostumada a entregar-se ao amor, por achar que ele só causa sofrimento.
Sean vira agora um homem de família e está disposto a abandonar a carreira, cheia de altos e baixos, por causa dos sobrinhos, mas eles e Lily não vão deixar  que Sean desista do seu sonho.

É uma leitura rápida e bem simples, que enfatiza o amor de Lily e Sean pelas crianças e como eles as priorizam acima de tudo. A relação de família é muito bem explorada nesse livro, e retrata sentimentos de incerteza e principalmente medo, frente a uma realidade tão desconhecida.


"Entrar num relacionamento amoroso era o mesmo que entrar num carro com um motorista embriagado: a pessoa ficava sujeita a uma corrida desenfreada e, com certeza, alguém sairia ferido no final."
"O sofrimento é algo palpável, mas isso não significa ser possível entendê-lo ou controlá-lo."
"Buscar a  felicidade com uma outra pessoa é como procurar pelo início do arco-íris. No minuto em que você pensa que o encontrou, ele some."
"Agora, sabia o que era um amigo de verdade: alguém que se preocupa o bastante com você a ponto de você desejar ser uma pessoa melhor."

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