"Verba volant, scripta manent."

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O Menino do Pijama Listrado

Bruno é um menino de 9 anos, mora em Berlim e nada sabe sobre o que está acontecendo com o seu país (o livro se passa em 1943). Quando ele recebe a notícia de que teria que se mudar da espaçosa casa e de seus três melhores amigos, ele fica muito entristecido, principalmente quando conhece o novo lugar em que iria morar: uma casa num grande campo, mas sem nada por perto: nem lojas, nem outras casas, nem escolas, ou seja: nenhuma outra criança! Mas, algo ao longe chama sua atenção: uma cerca alta e que se estende por uma longa distância e, do outro lado, pessoas vestindo pijamas listrados. Várias perguntas começam a surgir em sua mente, mas ninguém parecia querer esclarecê-las. Sem nada para fazer (como de costume), durante uma tarde ele resolve dar uma explorada no terreno e vai andando, andando, até chegar àquela cerca. Ele já estava pensando em voltar, quando vê algo. Aproximando-se, percebe que é um menino! Mesmo espantado com a aparência dele (careca, muito magro e com um olhar de tristeza), ele senta-se do outro lado da cerca, e começa a conversar, afinal, eles poderiam ser amigos! Seu nome era Shmuel.
A partir desse dia, ele volta lá todas as tardes, no mesmo horário, sentando-se no chão, cada um de lado, mas sem entender o motivo daquelas pessoas estarem ali. Achava que o outro lado era bem melhor, porque tinha outras crianças com quem brincar.
Mas, mesmo gostando de ficar ali, algo lhe dizia para não contar a ninguém, nem mesmo à irmã.
Um ano depois da mudança, ele já estava acostumado à nova casa, principalmente por causa do novo amigo Shmuel. Mas sua mãe não se acostumou de jeito nenhum àquela nova vida, e seu pai decide que está na hora deles voltarem para casa. Há um tempo atrás, era tudo o que Bruno queria, mas não agora, que ele tinha um amigo.

É linda a mensagem que o livro passa sobre amizade, e, mais ainda, sobre quão inocente é uma criança, que não imagina como o mundo pode ser cruel.


O livro foi adapatado para o cinema, em 2008 na Irlanda, país natal do autor.

  

"Temos que procurar fazer o melhor de uma situação ruim."
"Nossa casa não é uma construção, ou uma rua, ou uma cidade, ou coisa alguma tão artificial quanto os tijolos e a argamassa. O lar é onde mora a família de alguém."
"Às vezes há coisas na vida que temos de fazer e não temos escolha a respeito delas."
"Não torne as coisas piores, pensando que dói mais do que você realmente está sentindo."







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