"Verba volant, scripta manent."

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Melancia


Sim, é o nome de um livro. Mas precisamente de um romance, escrito pela autora irlandesa Marian Keyes. O livro é narrado em primeira pessoa pela personagem principal, Claire, que, após o parto (após mesmo, um dia depois) foi abandonada pelo marido James, que admitiu ter um caso com a vizinha Denise. Então, tentando sobreviver à essa desgraça, ela sai de Londres, sentindo-se humilhada, e vai para a casa de seus pais, para procurar apoio e força, afinal, tinha uma filha recém-nascida para criar.
Tentando esquecer James, Claire começa a beber e entra quase em depressão. Mas, passado um mês, ela percebe que aquilo de nada adiantará, então decide superar a perda de uma vez por todas. Quando tudo começa a correr bem e Claire inclusive conhece Adam (embora se sinta culpada por sair com ele), James prepara uma pequena surpresa para ela. Mas ela tinha uma surpresa bem maior para ele.

A autora explora profundamente as emoções da personagem, tudo o que ela sente em relação aos outros e dá para perceber quando ela estava triste ou feliz (embora se sentisse triste, na maioria das vezes), ou quando estava confusa em relação a alguma coisa.
Realmente é um livro que não tem como dar boas risadas, o bom humor da autora é bem expresso no livro. Claire vai contando sua história e relembrando fatos do passado, que nos ajudam a entender melhor o livro.
Tem passagens que me lembraram o estilo da autora americana Meg Cabot, aliás, as duas adotaram o gênero chick-lit, então há muitas semelhanças.
A linguagem, no geral, não é pesada, nem nada do tipo, só em algumas passagens, acho que para refletir a raiva de Claire.
O legal do livro é como muitas mulheres podem se identificar com ele, por terem sido abandonadas, ou por estarem passando pelo divórcio. Acho que é uma ajuda, mas claro que não se deve seguir tudo que a personagem faz, como se embebedar. A única coisa que não é tão realista, é Adam ser tão perfeito, tão bonito, o sonho de todas as mulheres, que, pela descrição da autora, parece um príncipe encantado, e aparece justo quando ela está mal. De resto, poderia ser uma pessoa qualquer, que vai aos trancos e barrancos, tentando superar os problemas.
Se bem que, qual menina nunca sonhou em encontrar um príncipe encantado? E qual mal existe em sonhar?

"Às vezes, você conhece uma pessoa maravilhosa, mas apenas por um rápido instante. Talvez em férias, num trem ou até numa fila de ônibus. E essa pessoa toca a sua vida por um momento, mas de uma maneira especial. E, em vez de lamentar o fato de ela não poder ficar com você por mais tempo ou por você não ter a oportunidade de conhecê-la melhor, não é mais sensato ficar satisfeito por ter chegado a conhecê-la um dia?"

"Quando a felicidade faz uma aparição como convidada especial na vida da pessoa, é importante aproveitá-la ao máximo. Pode não ficar por perto muito tempo e, quando for embora, não será terrível pensar que todo o período no qual se poderia ser feliz foi desperdiçado com preocupações sobre quando isso aconteceria?"

"Ninguém sabe o quanto é forte, até precisar ser."

"Ninguém pode fazer o amor renascer, depois que este deu seu suspiro final."

Um comentário:

  1. Muito bom o livro! Não dá vontade de para de ler! Sendo do gênero chick lit, é muito parecido com o estilo da Meg Cabot.

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